Fim de semana Emocionalista!
Três situações isoladas me chamaram atenção neste fim de semana e, engraçado que elas apresentam certos pontos em comum. O tema geral é o mundo inanimado das emoções afetivas …. Senso de paixão, amor e todas essas coisas melosas que envolvem qualquer ser humano num momento de carência!
Era sábado de noite e eu teclava com um colega no MSN que saiu de um relacionamento e na semana seguinte já embarcou em outro… mantendo o mesmo nível de entusiasmo! Me surpreendeu a velocidade da reposição com que ele preencheu a lacuna emocional e em tempo de estiagem afetiva afetando a sociedade perguntei:
– Qual fórmula você usa para o amor? (como se a fórmula da coca-cola pudesse ser comprada em bancas de revistas)
Mas ele respondeu sem pestanejar (na verdade eu assim interpretei já que a conversa era por MSN)
– na verdade “você tem que ir em busca e deixar ser encontrado”!
Eu tenho certeza que até agora ele não compreendeu a profundidade do que me disse….
Isso me levou a horas de meditação sobre os verbos buscar e encontrar, principalmente porque eles estão atrelados a outras duas ações: “ir” e “deixar”. O exercício nada utópico era se jogar na oração e ver qual dos verbos não estava sendo “conjugado”, considerando a possibilidade de ambos!
No domingo de manhã fui assistir o segundo filme da saga crepúsculo, “Lua Nova”. Baixei pela internet porque não achava justo pagar R$ 5cão para locar, nem R$ 15zão para vê-lo no cinema! E estava certo! (acho que teria cortado os pulsos se tivesse ido ver no cinemark).
Primeiro que o emo-filme (também válido como hemo-filme) é totalmente depressivo e voltado visualmente para o público feminino, em especial adolescentes histéricas gritando “Bite Me”. É um festival de homem sem camisa que não importa o gênero vampiresco ou lobisomeniano! E eu pergunto cadê a imparcialidade? Não aparece nem os tornozelos da Bella! (e o figurino não ajuda em nada a imaginação masculina). Nem vou discutir roteiro, direção, atuação dos atores… porque ai já é buscar pelo em ovo!
Enfim…. lá vai o filme ressuscitar o drama shakespeariano “Romeu e Julieta”, a lá Transilvânia! O amo impossível que está ali, pertinho da dor, do sofrimento!
Depois dessa overdose de glicose! Minha noite termina com um cara pregando sobre “Emocionalismo”. Não sei se ele sabia realmente a etimologia do que estava falando, mas o termo é intrigou. Sinceramente eu duvidei que essa palavra constava nos dicionários, mas o Houaiss me desmentiu.
Interessante que o sufixo ismo denota doutrina, sistema, teoria, tendência, corrente etc. (mais freq. no pl. e com sentido pejorativo), ou seja Emocional-ismo seria a autogratificação com o que é emocional; um exagero emocional provocado. (tendência de encarar tudo de modo emocional)
Resumindo, quem vai em busca de emoção encontra emoção e deixa se levar por ela. Se isso é bom ou não…. depende de cada um!
Publicado em 15/03/2010, em Mood e marcado como Emocionalismo, Lua Nova, relacionamento. Adicione o link aos favoritos. 4 Comentários.
Acho que o filme te fez levantar essas questões, hehehe. Ótimo texto
Buscar ou não buscar emoção… eis a questão. Um problema de proporções Shakespearianas…. ou mais especificamente, Hamletianas =) Bom dia, correligionário!
Seu amigo tem razão, devemos ser acessíveis!… Mesmo olhando de forma contudente sobre Lua Nova, acho difícil não ser inebriado pelo filme! A atmosfera de beleza, dor, amor, sofrimento e um Q de sexuliadade à flor da pele confunde as mais astutas mentes.. então num sábado à noite é melhor não tentar desvendar tão complexas questões! A emoção cega nossa racionalidade, isto é tão humano…
O amor não é nada disso que falaram. É só um sentimento de conforto e simbiose.
Você fica numa relação porque tem o que precisa e fornece o que o outro precisa. Quando uma das partes não fornece mais, o amor acaba, já viu?
Sexo, carinho, agressão, segurança, dinheiro… Cada pessoa precisa de algo, o ideal é achar quem quer te dar isso.
(Nem quero ninguém me apedrejando aqui dessa vez, já falar mal do Thomas Hobbes que ele que começou com essa de que o amor não existe).
Beijo