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Precious – Uma história sobre esperança

Uma coisa o título do filme acertou. O filme é sim uma história de esperança. Não é uma história de amor. Nem de final feliz. Nem de borboletas coloridas, mas sim daquela que é a última que morre. Aquela que… quando não resta mais nada a chamamos: a Esperança.

É um filme 100% Negro,  de Saphire, a autora do livro Push que baseou o roteiro, passando pela direção de Lee Daniels, a patrocinadora Oprah Winfrey, aos atores Mo’Nique, Gabourey até a Mariah Carey teve que esconder as madeixas loiras no filme que retrata o mundo afro-americano e suas mazelas norte-americanas!

Se você vai gostar do filme? Bom a resposta é clara. Se você gosta de Alice Walker, então irá adora-lo. Precious, nada mais é que uma releitura contemporânea do clássico The Color Purple (1985 by Speilberg), que estrelou Whoopi Goldberg no papel da sofredora. Também com o dedo, ou melhor, a mão inteira da Oprah Winfrey. Aliás, Oprah é uma grande financiadora de histórias que mostram sem maquiagem a realidade “negra dos negros” americanos. Precious vem com uma roupagem atual em um cenário moderno abordar os mesmos conflites de sempre.
A personagem Precious é: Mulher, Negra, Pobre, Gorda, Burra, Mãe de dois filhos com apenas 17 anos, é estuprada pelo pai com o consentimento da mãe,  que vive espancando a filha e agredindo ela verbalmente, além disso, é humilhada na vizinhança, expulsa da escola, enfim… Precious agrega todos os predicados da escória da sociedade. Ah, esqueci..Precious tem uma filha com síndrome de Down, chamada de Mongo! Descobre que é soropositivo, contraiu AIDS do próprio pai! Como se não bastasse Precious sustenta a mãe (vadia) com auxílio do governo (bolsa-família) por ser mãe solteira em situação de vulnerabilidade social. E mesmo assim tem o nome de Preciosa, irônico, não?!  (pois assm é a vida…)

Em uma das cenas Precious diz “Nobody loves me” (Ninguém me ama), realmente dá para entender esse conceito!
Se depois desse roteiro você não se animar em assistir o filme. É porque merece sessão da tarde mesmo!

O MELHOR DO FILME:
Diante de tanta dor e sofrimento, Precious consegue sublimar a dor com fugas psicológicas. Cria fantasias paralelas que lhe garante menos traumas. Como um mecanismo de auto-defesa ao mesmo tempo que mostra a docilidade e inocência da personagem que como todo ser humanos tem sonhos e boas aspirações. Pena que toda essa alegria fique só nas fantasias. O desfecho do filme também não é nada surreal, mostra que por destino ou não, existem pessoas que não terão uma vida fácil. Mas podem decidir continuar lutando e contrariando toda a maldade que recebeu!

PORQUE VALE A PENA ASSISTIR PRECIOUS?
– Mariah Carey (a assistente social) e Lenny Kravtz (o enfermeiro) passam despercebidos no film

Mariah Carey como Sra. Weiss

e, o que é ótimo! Eles eliminamqualquer sombra de pop star (talvez a melhor atuações deles)

– A Trilha Sonora está ótima com musicas de Mary J. Blige, Bobby Brown, Queen Latifah, entre outros;
– O diretor, produtor e ator Lee Daniels é especialista em trabalhar com Negros e temática afro. (ele já tinha produzido A última Ceia (Monster´s Ball) que deu a Hale Barry o Oscar de melhor atriz) Lee já tinha trabalhado em outros longas com Mo’Nique e Mariah Carey.

– A Atriz Paula Patton (Sra. Rain) – que já fez DejáVu e Hitch – merecia o prêmio de melhor atriz coadjuvante em vez de Mo’Nique (que brilha apenas na ultima cena). Patton está linda e forte nesse filme!

– O filme recebeu 4 indicações ao Oscar: Melhor Diretor, Melhor Atriz (Gabourey Sidibe), Melhor Atriz Coadjuvante (Mo’Nique), Melhor Montagem.
– Prêmio do Grande Júri, Júri Especial e Audiência no Festival de Sundance.
– Toronto International Film Festival – People’s Choice Award.

É um filme conceito que (graçasa Deus) foge dos padrões estéticos Hollywoodiano, com enquadramento de documentário e imagens tremidas, iluminação que só agrega ao longa e a atuação da Gabourey Sidibe (26 anos/1ªfilme)  que nem parece que está atuando, é confundida com a própria Precious (o que dá mais realidade ao filme).

É isso,

Bom Filme

Flash Mob Dance

Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram.  O temro é usado desde 1800, mas realmente se popularizou nos últimos anos, especialmente após a contribuição do programa Oprah e da banda Black Eyed Peas com o sucesso I Gotta Felling. Mas eu pesquisei alguns exemplos interessantes de Flash Mob pelo Mundo, inclusive aqui no Brasil.

Vale a pena conferir os vídeos!


No dia 10 de setembro o grupo Black Eyed Peas quebrou o recorde de maior flash mob da história, ao reunir cerca de 21 mil fãs na Avenida Michigan, em Chicago , nos EUA para comemorar a passagem da 24ª temporada do programa de Oprah Winfrey na TV. O grupo preparou uma surpresinha para ela ao tocar o grande hit I Gotta Feeling com uma coreografia inacreditável envolvendo 800 bailarinos e 21 mil pessoas.

O canal FOX usou o Flash Mob como uma ação de Marketing para divulgar o Seriado Musical Glee na Europa.  O vídeo abaixo mostra um Flash Mob dentro de um Shopping Center com um pout pourri da trilha sonora de Glee

Menos improvisada e com direito a figurino, 100 “singles ladies” tomaram a praça Picadilly Circus, no centro de Londres, com a coreografia mais dançada nos últimos tempos! Já pensou uma centena de Beyoncé?

Flash Mob é assim, tem um efeito paralizando sobre as pessoas ! Estratégia que os publicitários estão de olho. Na rua mais famosa do mundo, a Times Square, em Nova York, o Flash Mob foi a estratégia para divulgar o Bollywood Circus! Isso mesmo nem os indianos escaparam! (quase uma ala de escola de samba)

No aniversário de 456 anos de São Paulo duas ações de Flash Mob marcaram as comemorações, a primeira foi uma homenagem a Michael Jackson. Nem a chuva impediu a galera de dançar!

Já no Aeroporto de Guarulhos – SP, a Cia aera  TAP, é quem fez a homenagem ao aniversário da cidade mais cosmopolita da América do Sul. Eu gostei muito da ideia, produção e principalmente da surpresa para os passageiros. A pergunta é? Será que eles não perderam o voo?

O Flash Mob é usado há vários anos como atividade na  Penitenciária das Filipinas, como eles não podem fazer em lugares públicos o jeito é aperfeiçoar as coreografias. E olha que estão bem famosos! Os fãs é que vão conferir as apresentações do lado de fora das grades!